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Volvo Ocean Race 2017-18 Rota atualizada

ALICANTE, Espanha, 29 de junho - Difícil, intensa e com quase três vezes mais rotas no Oceano Antártico do que na edição anterior, a Volvo Ocean Race 2017-18 será disputada ao longo da distância mais extensa da história da regata, com cerca de 45.000 milhas náuticas (mn), cruzando quatro oceanos e aportando em 11 grandes cidades, em cinco continentes.

Voltando às suas raízes no Oceano Antártico

  • O Oceano Antártico é a extensão mais remota do mundo, de um oceano frequentemente assolado por tempestades, que circunda a Antártica.
  • Anúncio sobre a rota feito durante evento no quartel general da Volvo Ocean Race, em Alicante, na quarta-feira.
  • A rota de 2017-18 será a mais longa de todas, com a distância de navegação de cerca de 45.000 milhas náuticas.

ALICANTE, Espanha, 29 de junho - Difícil, intensa, e com quase três vezes mais rotas no Oceano Antártico do que na edição anterior, a Volvo Ocean Race 2017-18 será disputada ao longo da distância mais extensa da história da regata, com cerca de 45.000 milhas náuticas (mn), cruzando quatro oceanos e aportando em 11 grandes cidades, em cinco continentes.

A regata de 43 anos de idade ao redor do mundo − o máximo em maratona oceânica, que coloca os melhores marinheiros do esporte uns contra os outros através dos oceanos mais difíceis do mundo −  dará a largada inicial em Alicante, no final de 2017, com um sprint de 700 mn para Lisboa, em Portugal, que será o primeiro teste para o guia de apostas. 

A partir da capital portuguesa, a frota seguirá para o sul, em direção a Cape Town, na África do Sul, antes de algumas semanas épicas de competição através do Oceano Antártico, retornando depois para o norte, atravessando o equador em direção à RAE de Hong Kong, na China, o que constituirá um dos trechos mais longos da história da regata.

Depois de uma transição não-pontuada para Guangzhou, na China, onde será realizada uma competição in-port e uma série de outras atividades de escala, a regata oceânica será retomada a partir de Hong Kong para Auckland, na Nova Zelândia. A frota irá então retornar pelo Oceano Antártico, dobrando o marco mais famoso de todos, o Cabo Horn, e depois para o norte pelo Oceano Atlântico, até a cidade brasileira de Itajaí, no sul do Brasil.

A partir daí, como na última edição, os barcos voltarão para o hemisfério norte, à costa leste dos EUA − Newport, em Rhode Island, antes de uma aventura através do Atlântico Norte, no trecho transatlântico da Flâmula Azul, que os levará ao primeiro retorno à costa britânica em 12 anos.

A frota chegará em Cardiff, capital do País de Gales, em maio de 2018, antes de seguir caminho em torno do topo das ilhas britânicas em um curto, mas potencialmente brutal, trecho em direção à penúltima escala em Gotemburgo, na Suécia. A regata de 2017-18 vai terminar com um grand finale em Haia, na Holanda.

A distância total do percurso será maior do que em qualquer outra das 12 edições anteriores do evento, que nasceu com o nome de Whitbread Round the World Race, em 1973.

Mas, ao mesmo tempo em que as equipes navegarão mais milhas náuticas do que nunca, a regata em si está programada para ser um mês mais curta do que na maioria das últimas 12 edições.

"Mais ação, mais velocidade, mais milhas difíceis e mais locais de acolhimento, mas uma regata mais curta − é uma evolução na direção certa e um movimento que leva a regata mais perto de suas raízes e herança originais, ao mesmo tempo em que melhora o seu forte valor comercial e excelente caso de negócio para os patrocinadores ", disse Mark Turner, que assumiu o cargo de CEO da Volvo Ocean Race no início deste mês.

Cerca de 12.500 mn da regata acontecerão no Oceano Antártico, nas águas rápidas e geladas ao redor da Antártida, onde, sem impedimentos de terra, algumas das mais profundas depressões atmosféricas circundam a parte inferior do globo, gerando ondas gigantes e fustigantes, ventos fortes que podem chegar a mais de 70 nós (130 km/h). Na edição anterior, as equipes passaram cerca de 4.500 mn velejando no Oceano Antártico.

"Em 2017-18, vamos visitar algumas das cidades mais famosos do mundo − lugares como a Cidade do Cabo, Auckland e Newport, em Rhode Island − levando a regata para públicos totalmente novos em novas cidades", disse Turner, no momento em que a rota foi revelada na quarta-feira.

"Em primeiro lugar, Hong Kong, uma cidade incrível, que irá funcionar como um hub para os fãs do Sudeste Asiático e convidados VIP. Em seguida, para Guangzhou, na China − a primeira vez que a regata visitará uma das quatro cidades do topo da exclusiva lista do sistema de classificação do país.

"E, finalmente, para Cardiff, levando a regata de volta para o Reino Unido, pela primeira vez desde 2005-06. O Reino Unido é o berço da Whitbread Round the World Race, que teve a sua primeira largada de Portsmouth, em 1973 e que, mais tarde, tornou-se a Volvo Ocean Race, em 1998. "

Olhando para a frente, Turner acrescentou: "Também é ótimo estarmos nos preparando para uma quarta largada consecutiva do nosso porto de Alicante e retornando a cidades familiares, onde estamos construindo um legado para a Ocean Race - Lisboa, Itajaí, Gotemburgo e Haia."

Richard Mason, Diretor de Operações da regata, comentou: "Na última edição, recebemos mais de 2,4 milhões de visitantes e mais de 70.000 clientes corporativos em nossas cidades anfitriãs. Estamos determinados a oferecer uma regata ainda mais emocionante em 2017-18, ao mesmo tempo tornando a experiência nas villages da regata ainda melhor para os nossos fãs, clientes e parceiros."

Mason, ele mesmo um marinheiro em cinco edições da Volvo Ocean Race, admitiu: "Estou muito tentado a voltar a velejar agora que vi esta nova rota incrível, mas o meu novo CEO já me proibiu!"
O Oceano Antártico tem desempenhado um grande papel na história da competição. Nos primeiros anos da Whitbread, a frota adentrava o Oceano Antártico o máximo possível, enfrentando os icebergs e ventos ferozes do Roaring Forties e Furious Fifties, a fim de encurtar ao máximo a distância fora da rota.

Em edições mais recentes, os barcos já competiram para o norte, através do Oceano Índico, em direção ao Oriente Médio − e só voltaram para o sul, com o seu clima mais extremo, para o trecho mais curto pelo Cabo Horn.

"É claro que a segurança continua a ser fundamental", disse Phil Lawrence, novo Diretor da Regata. "Com sistemas de rastreamento e comunicação via satélite avançados, juntamente com acesso a informações precisas sobre a rota, podemos estar sempre um passo à frente das intempéries e limitar a exposição a riscos dos marinheiros.

"Mas, afinal, sempre haverá perigo. Marinheiros sabem que colocam suas vidas em risco quando chegam ao topo do "Everest" da vela profissional. A Volvo Ocean Race é isso - enfrentar todas as condições mais difíceis que a Mãe Natureza pode colocar à sua frente e superá-las."